Se você curte cinema, provavelmente já ouviu falar de Walter Salles. Ele é o cara que colocou o Brasil nos holofotes das grandes premiações e ainda faz filmes que mexem com a gente. Desde a primeira câmera até os projetos mais recentes, Salles tem um estilo que mistura história, paisagem e emoção de um jeito que poucos conseguem.
Vamos dar uma olhada rápida na trajetória dele, porque entender o caminho percorrido ajuda a apreciar ainda mais cada filme. Salles nasceu em Rio de Janeiro em 1956, estudou arquitetura e depois migrou para a publicidade. Foi na década de 80 que ele começou a experimentar com curtas‑metragem, sempre buscando contar histórias que refletissem a realidade brasileira.
O grande salto veio em 1995 com Central do Brasil. O filme ganhou o Urso de Ouro em Berlim e levou uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A química entre Fernanda Montenegro e o garoto Tiago mostra a habilidade de Salles em criar conexões humanas fortes.
Depois, ele viajou para a Argentina e, junto com Carlos Reygadas, dirigiu Diários de Motocicleta (2004). O retrato da juventude de Che Guevara foi aclamado mundialmente e rendeu ainda mais visibilidade ao diretor.
Em 2007, Salles lançou Faroeste Caboclo, uma adaptação ousada da música da Legião Urbana. O filme dividiu opiniões, mas mostrou que o diretor não tem medo de arriscar e de trazer cultura pop para a tela grande.
Recentemente, o longa Joaquim (2022) volta às raízes históricas, contando a história do líder quilombola que lutou contra a escravidão. Mais uma vez, Salles combina pesquisa profunda com narrativa visual impactante.
Ao longo da carreira, Walter Salles colecionou prêmios: Festival de Cannes, Globos de Ouro, Prêmios Bafta e, claro, várias indicações ao Oscar. Mas o que realmente importa é o legado que ele deixa para novos cineastas.
Ele fundou a empresa O2 Filmes, que produz não só longas‑metragem, mas também comerciais e séries. Muitas vezes, jovens diretores encontram na O2 um espaço para desenvolver projetos e aprender com a experiência de Salles.
No Brasil, o impacto dele vai além das telas. Ele costuma dar palestras, participar de debates e incentivar a produção independente. Essa postura ajudou a criar uma nova geração de criadores que vê no cinema uma ferramenta de mudança social.
Se você ainda não assistiu a nenhum filme de Walter Salles, comece por Central do Brasil. Depois, explore Diários de Motocicleta e Joaquim. Cada obra tem uma linguagem própria, mas todas têm em comum a busca por histórias humanas que tocam o coração.
Em resumo, Walter Salles é mais que um diretor premiado; ele é um contador de histórias que coloca o Brasil no mapa do cinema mundial. Continue acompanhando seu trabalho, porque sempre haverá algo novo e inspirador vindo dele.