Se você está querendo diversificar a carteira e ainda tem medo de arriscar demais, o Tesouro Direto pode ser a resposta. É a forma mais simples de comprar títulos públicos, sem precisar de intermediário complexo. Neste guia, vamos explicar passo a passo como funciona, quais são as opções e quais cuidados ter.
Primeiro, escolha uma corretora ou banco que ofereça acesso ao Tesouro Direto. A maioria tem cadastro online, basta preencher seus dados, enviar documentos e esperar a aprovação, que costuma levar poucos dias. Depois de ativo, transfira o dinheiro que pretende investir para a conta da corretora.
Com o saldo disponível, entre na plataforma de investimentos, procure a sessão do Tesouro Direto e selecione o título que mais combina com seu objetivo. Você pode comprar a partir de R$30, o que deixa o investimento bem acessível. Clique, confirme a quantidade e pronto: o título já entra no seu portfólio.
Existem três famílias principais: Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado. O Tesouro Selic acompanha a taxa básica de juros e é indicado para quem quer liquidez e segurança, já que rende quase que diariamente.
O Tesouro IPCA+ protege contra a inflação: o rendimento tem uma parte fixa mais a variação do IPCA. É ótimo para quem pensa no médio e longo prazo, como aposentadoria ou compra de imóvel.
Já o Tesouro Prefixado tem a taxa fixa conhecida no momento da compra. Se você acredita que a taxa de juros vai cair no futuro, esse pode ser o melhor caminho para garantir um retorno maior.
Além desses, há variações com juros semestrais, que pagam parte do rendimento a cada seis meses. Isso pode ajudar quem quer receber renda periódica, como complementação de aposentadoria.
Antes de escolher, pense no seu horizonte de investimento e no seu nível de tolerância ao risco. Se precisar sacar antes do vencimento, lembre-se de que pode haver perda de rentabilidade, principalmente nos títulos prefixados.
Outro ponto importante é o Imposto de Renda, que segue tabela regressiva: quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor a alíquota (22,5% até 180 dias, 20% de 181 a 360 dias, 17,5% de 361 a 720 dias e 15% acima de 720 dias). Essa diferença pode mudar a escolha do título.
Fique atento também às taxas cobradas pela corretora. Algumas são gratuitas, outras têm tarifa fixa ou percentual sobre o valor investido. Compare antes de abrir a conta para não comer sua rentabilidade.
Por fim, acompanhe as notícias sobre a taxa Selic e a inflação. Alterações nessas variáveis impactam diretamente o rendimento dos títulos. Sites de economia, bancos centrais e a própria página do Tesouro Nacional são fontes confiáveis para se manter informado.
Com esse panorama, você já tem tudo para iniciar no Tesouro Direto de forma consciente. Comece com um valor pequeno, teste diferentes tipos de títulos e ajuste a estratégia conforme o seu objetivo. Boa sorte e bons investimentos!