Se a sua criança começou a vomitar, tem diarréia aquosa e parece estar sempre cansada, pode ser rotavírus. Esse vírus é um dos principais causadores de gastroenterite em bebês e crianças pequenas, e quando rola um surto, hospitais ficam lotados e pais ficam em pânico. Mas calma, dá para lidar com a situação se souber o que fazer.
Os sintomas aparecem de 1 a 3 dias depois da infecção e costumam durar de 3 a 7 dias. Fique de olho em:
Se notar esses sinais, especialmente em quem tem menos de 2 anos, procure orientação médica rápido para não deixar a desidratação piorar.
A boa notícia é que o Brasil inclui a vacina contra rotavírus no calendário infantil. São duas doses, a primeira aos 2 meses e a segunda entre 4 e 6 meses. Estudos mostram que a vacina reduz em até 90% os casos graves e as internações.
Além da vacina, algumas atitudes simples ajudam a segurar o vírus:
Mesmo com todos esses cuidados, o rotavírus ainda circula bastante, principalmente nos períodos mais frios. Por isso, estar atento ao calendário de vacinação e reforçar a higiene são as melhores armas.
Se a criança já está doente, a prioridade é repor os líquidos. Soluções de reidratação oral (SRO) são excelentes porque devolvem sais e glicose que o corpo perde. Elas podem ser compradas em farmácias ou preparadas em casa com água limpa, açúcar e sal na dose correta.
Evite dar sucos industrializados ou refrigerantes, pois podem piorar a diarreia. Leite materno ou fórmula infantil podem continuar, mas se o bebê recusar, mantenha a SRO até que ele aceite alimentos leves novamente.
Em casos de febre alta, sangue nas fezes ou sinais de desidratação grave (pele que não volta ao toque, olhos muito fundos, pouca produção de urina), procure o pronto‑socorro. O tratamento costuma ser com soro intravenoso e monitoramento cuidadoso.
Resumindo, o surto de rotavírus não precisa virar um pesadelo. Mantenha a vacinação em dia, lave bem as mãos, fique de olho nos sintomas e reponha os líquidos rapidamente. Assim, a maioria das crianças se recupera em poucos dias e sem complicações.
Quer ficar ainda mais protegido? Compartilhe essas dicas com vizinhos, escolas e creches. Quanto mais gente souber o que fazer, menor a chance de um pequeno surto virar uma crise de saúde na comunidade.