Se você já viu alguma garota deslizando no half‑pipe e ficou impressionada, não está sozinho. O skate feminino está bombando nas ruas, nos parques e nas competições brasileiras. Neste artigo vamos mostrar por que essa onda está tão forte, como começar sem medo e onde encontrar inspiração para evoluir.
Nos últimos anos, mais meninas e mulheres têm pegado a prancha porque veem outras como elas dominando as manobras. Redes sociais, atletas como Letícia Bufoni e Pâmela Rosa, e projetos de inclusão nas escolas ajudaram a quebrar o mito de que o skate é só coisa de cara. Além do visual descolado, o esporte traz confiança, equilíbrio e um senso de comunidade que faz a galera voltar sempre.
Primeiro passo: escolha a prancha certa. Para iniciantes, um shape de 7,5 a 8,0 polegadas costuma ser mais estável. Não precisa de um modelo super caro; o importante é que a largura seja confortável para o seu pé. Depois, invista em um conjunto de rodas adequadas – rodas de 56‑60 mm com dureza média (durometer 90‑95 A) dão boa aderência e não fazem muito barulho.
Os trucks também contam. Opte por um eixo mais leve, que permite manobras mais ágeis, mas que ainda ofereça firmeza para o controle. E, claro, nunca esqueça o equipamento de proteção: capacete, joelheiras e protetores de punho são indispensáveis, principalmente nas primeiras sessões.
Com a prancha pronta, vá para um local tranquilo, como um skatepark pequeno ou um estacionamento vazio. Comece praticando o empurrão (push) e o freio (foot‑brake). A ideia não é fazer flips de primeira, mas ganhar confiança no equilíbrio. Quando se sentir confortável, experimente virar (carving) e depois tente o ollie, a base de quase todas as manobras.
Se a timidez aparecer, lembre‑se de que todo mundo no skatepark está lá para evoluir. Troque uma ideia com as meninas que já andam na pista, peça dicas e até combine um treino em grupo. A troca de experiências costuma acelerar o progresso.
Ficar ligado nos torneios é uma ótima forma de motivar. No Brasil, o Street League Skateboarding (SLS) – Women’s Series reúne as melhores atletas e transmite ao vivo, permitindo que você veja truques avançados e aprenda novas linhas. Além disso, festivais de skate como o Skate Brasil Fest oferecem workshops gratuitos para meninas.
Participar de competições amadoras também ajuda a ganhar experiência. Muitos skateparks organizam “open days” onde iniciantes podem fazer uma corrida amistosa sem pressão. Inscreva‑se, mesmo que seja só para observar, e depois tente colocar o pé na placa.
Letícia Bufoni, campeã mundial, prova que talento brasileiro dá o que falar nas pistas internacionais. Pâmela Rosa, que venceu o X‑Games, mostra que a força dos movimentos pode vir de qualquer lugar. No cenário nacional, nomes como Ana Patrícia de Sousa e Luísa Sá têm conquistado público com estilo próprio e atitude.
Seguir essas atletas nas redes sociais traz não só conteúdo técnico, mas também histórias de superação que inspiram a continuar praticando mesmo nos dias de frustração.
O skate feminino não é apenas um esporte, é um movimento que celebra liberdade e criatividade. Com o equipamento certo, prática regular e muita inspiração, você pode alcançar o próximo nível e, quem sabe, competir em grandes eventos. Agora é a sua vez: pegue a prancha, ajuste o capacete e comece a rodar!