Pênaltis no futebol: regras, estratégias e curiosidades que mudam o jogo

Quando o árbitro aponta para a grande área e o placar está apertado, a tensão sobe e todo mundo fica de olho no pênalti. Não é só um chute a 11 metros; é uma decisão que pode decidir campeonatos, levar clubes à glória ou gerar frustração enorme. Vamos descobrir, de forma simples, como funciona, quais são as melhores estratégias e algumas histórias que ficaram marcadas na memória dos torcedores.

Como funciona a cobrança de pênaltis

A Lei do Futebol estabelece que o cobrador tem que chutar a bola de pé, dentro do ponto de pênalti, e o goleiro só pode tocar a bola depois que ela sair debaixo da cruzeta. O goleiro pode se mover lateralmente antes da cobrança, mas não pode avançar antes do chute. Se houver violação, a cobrança é refeita. O árbitro tem 10 segundos para marcar a bola, e o jogador tem que executar o chute no tempo determinado.

Um detalhe que muita gente esquece: o goleiro pode estar em qualquer lugar da linha do gol antes da cobrança, inclusive centralizado. A regra foi mudada em 2016, permitindo que ele dê um passo à frente antes do chute, mas só pode tocar a bola depois que ela cruzar a linha de gol.

Estratégias de quem cobra e de quem defende

Os jogadores treinam várias técnicas: chute baixo e rápido, colocado ao canto, ou até um chute de bico para surpreender. Estudos mostram que o canto inferior, perto da linha da trave, tem maior taxa de acerto, mas o goleiro costuma se preparar para isso. Por isso, muitos cobradores variam entre o canto superior e o canto baixo, tentando ler a postura do guardião.

Já o goleiro tem duas principais abordagens: ficar firme no meio, esperando um chute central, ou “pular” para um dos cantos. Analisar o comportamento do cobrador nas últimas partidas pode dar vantagem. Por exemplo, se o atacante costuma visar sempre o canto direito, o goleiro pode se antecipar e aumentar as chances de defesa.

Outra tática comum é a “cobrança psicológica”. O jogador pode mirar um ponto, mas antes de chutar, fazer um gesto, mudar de pé ou até olhar para o gol de forma que o goleiro se distraia. Essa pressão mental costuma ser decisiva em sequências de pênaltis, como nas finais de Copa do Mundo.

Curiosidade: na final da Copa do Mundo de 2006, o pênalti de Zidane foi perdido porque o goleiro Taffarel se adiantou antes da hora, violando a regra. O árbitro acertou, marcou a falta e o pênalti foi repetido, levando à vitória da Itália.

Se você tem um time amador, invista tempo em treinar diferentes tipos de chute e crie situações de pressão. Simule a torcida, faça o goleiro mudar de posicionamento e veja como os jogadores se adaptam. O resultado costuma ser mais confiança na hora do verdadeiro desafio.

Em resumo, pênaltis são mais que um chute aleatório; são combinações de técnica, leitura psicológica e conhecimento das regras. Saber como cada detalhe funciona pode transformar o resultado de um jogo e deixar o torcedor ainda mais ansioso por cada decisão.