Se você já ouviu falar em FGTS e ainda tem dúvidas, está no lugar certo. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um direito de todo trabalhador com carteira assinada. Todo mês, o empregador deposita 8% do salário em uma conta vinculada ao seu nome. Esse dinheiro fica guardado até que você tenha uma situação que permita o saque.
Existem algumas situações previstas em lei que liberam o saque. Entre as mais comuns estão a demissão sem justa causa, a aposentadoria, a compra da casa própria, o término do contrato por prazo determinado e situações de doença grave. Cada caso tem um procedimento próprio, mas a maioria pode ser feita pelo aplicativo do Banco do Brasil, Caixa ou internet banking.
Para saber quanto você tem acumulado, basta acessar o site da Caixa Econômica Federal ou usar o app "FGTS". Você vai precisar do seu número de NIS (PIS/PASEP) e de um CPF válido. O extrato mostra todos os depósitos feitos pelo empregador, além de eventuais correções e juros. Uma boa prática é conferir o extrato todo mês e cobrar o empregador caso algum depósito esteja faltando.
Se você acabou de ser demitido, o primeiro passo é solicitar a documentação de rescisão e o termo de rescisão do contrato de trabalho (TRCT). Com esses documentos em mãos, vá até uma agência da Caixa ou use o aplicativo para solicitar o saque. O dinheiro costuma ficar disponível em até três dias úteis.
Para quem quer usar o FGTS na compra da casa própria, o processo envolve a aprovação do financiamento habitacional. Depois de aprovar o crédito, você solicita o saque do FGTS na Caixa, que libera o valor direto para a construtora ou para a conta do vendedor, dependendo do tipo de contrato.
Vale lembrar que o FGTS rende juros de 3% ao ano mais a atualização monetária baseada o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse rendimento não é alto, mas protege o dinheiro contra a inflação.
Se você tem algum saldo antigo e nunca fez saque, pode ser que ele esteja bloqueado por falta de documentos. Nesses casos, a solução é ir à agência da Caixa com a carteira de trabalho, RG, CPF e comprovante de residência para regularizar a situação.
Por fim, fique de olho nas mudanças de regra. O governo costuma ajustar as normas de saque e os percentuais de contribuição. Atualizar-se sobre as novidades evita surpresas na hora de usar o seu FGTS.
Com as informações certas, o FGTS deixa de ser um detalhe e vira um recurso importante para enfrentar momentos difíceis ou investir em um futuro melhor. Agora que você já sabe como funciona, basta acompanhar seu saldo e planejar o melhor momento para usar.