Se você já ficou na dúvida sobre o que o seu contrato garante, não está sozinho. Muitos trabalhadores confundem salário, bônus e benefícios. Neste guia vamos esclarecer os benefícios trabalhistas mais comuns no Brasil, quando eles são pagos e como você pode cobrar aquilo que é seu por direito.
Férias remuneradas: todo trabalhador tem direito a 30 dias de descanso a cada 12 meses de trabalho. O valor pago inclui o salário normal mais um terço adicional, conhecido como abono de férias. Se a empresa não conceder a data, basta solicitar por escrito e garantir o pagamento.
13º salário: pago em duas parcelas – geralmente até 30 de novembro e até 20 de dezembro – corresponde a um salário extra ao fim do ano. É calculado proporcionalmente ao tempo trabalhado no ano, então quem começou em julho recebe metade, por exemplo.
Auxílio‑doença e auxílio‑acidente: quando você fica doente ou sofre um acidente que lhe impede de trabalhar, o INSS paga o benefício. O empregador deve entregar o atestado e garantir a manutenção do contrato durante o período de afastamento.
Vale‑alimentação / vale‑refeição: a maioria das empresas oferece um cartão ou ticket para despesas com alimentação. Se o empregador não cumprir, o trabalhador pode reclamar ao sindicato ou ao Ministério do Trabalho.
Plano de saúde corporativo: muitas empresas incluem assistência médica como benefício. Verifique se o plano cobre dependentes, a rede credenciada e quais são os custos descontados do seu salário.
Primeiro passo: revise o seu contrato e o acordo coletivo da sua categoria. Esses documentos listam exatamente o que a empresa deve oferecer. Se algo não estiver claro, converse com o RH e peça uma cópia da política interna.
Se a empresa atrasar ou negar algum benefício, registre tudo por escrito – e‑mail, mensagem ou protocolo. Essa documentação serve como prova caso você precise levar a reclamação ao sindicato ou à Justiça do Trabalho.
Não deixe de conferir o seu holerite todo mês. Erros são comuns e costumam passar despercebidos. Compare o valor do salário base, descontos de INSS e FGTS, e veja se o 13º ou o terço de férias apareceram nos períodos corretos.
Por fim, lembre‑se de que o medo de perder o emprego não pode ser motivo para abrir mão de direitos. A legislação protege o trabalhador contra retaliações por exigir o que lhe é devido.
Agora que você já sabe quais são os principais benefícios e como cobrálos, basta ficar atento às datas de pagamento, manter a documentação em ordem e, se preciso, buscar auxílio profissional. Assim, você garante um panorama mais seguro e tranquilo no seu dia a dia de trabalho.