Sabalenka brinca: "Se o Djokovic ganhar, devo a mim" no Shanghai

Sabalenka brinca: "Se o Djokovic ganhar, devo a mim" no Shanghai

Quando Aryna Sabalenka, número um do ranking mundial feminino, soltou a frase "Se o Novak Djokovic ganhar o torneio, eu digo que foi graças a mim", o clima nas coletivas de imprensa ficou bem mais descontraído. A belarusiana, conhecida pelo humor afiado, fez a alfinetada durante entrevista à ESPN enquanto disputava o WTA 1000 em Wuhan.

Contexto do Shanghai Masters 2025

O Shanghai Masters 1000Shanghai chegou nesta semana como a parada decisiva da temporada de Novak Djokovic. O sérvio, 38 anos, já coleciona 100 títulos de carreira; o que está em jogo agora é o 101.º, que poderia lhe render o 41.º título de Masters 1000. Se tudo correr bem, será a sua quinta coroa em Shanghai – vitórias anteriores datam de 2012, 2013, 2015 e 2018.

O quadro pareceu se abrir ainda mais com as eliminações de Jannik Sinner, Alexander Zverev e Taylor Fritz, além da ausência de Carlos Alcaraz. A disputa, portanto, ficou aparentemente favorável ao tenista de Belgrado.

Sabalenka e a parceria nos treinos com Djokovic

Nos últimos dias, Sabalenka revelou que tem sido “sparring partner” frequente de Djokovic. "Nós treinamos juntos várias vezes aqui na China", contou a atleta, descrevendo sessões intensas que incluíram troca de bolas, exercícios de velocidade e até jantares compartilhados. "Na última refeição, eu falei que "Vamos" quando ele marcava ponto, e ele respondeu gritando ainda mais alto – o cara é realmente competitivo", brincou.

O que a belarusiana destacou foi a confiança que sente ao acertar os golpes de Djokovic. "Eu realmente acredito que ajudei. Ele está vencendo os seus matches em Shanghai, então acho que o treino está funcionando", afirmou. A frase "Se ele ganhar o torneio, eu digo que foi graças a mim" foi proferida com um sorriso, mas acabou viralizando nas redes sociais, gerando milhares de retweets e memes.

Reações e análises de especialistas

Especialistas do circuito viram a piada como sinal de que Djokovic tem buscado novos estímulos para manter o alto nível. Segundo o ex‑treinador de Novak, Marcel Granollers, "trabalhar com uma jogadora tão agressiva como Sabalenka pode trazer ritmos diferentes ao treino, algo que o ajuda a adaptar o jogo nos momentos críticos".

Por outro lado, alguns jogadores do “circuito masculino” questionaram se o humor da argentina poderia ser interpretado como subestimar a concorrência. "É claro que o foco de Djokovic está em cada ponto, não em quem o treina", comentou Gaël Monfils, que também está na Índia, onde acontecerá o próximo ATP 500.

Próximos passos para Djokovic e Sabalenka

Próximos passos para Djokovic e Sabalenka

Na agenda de Novak, o próximo confronto será contra o belga Zizou Bergs nesta quinta‑feira, partida que definirá quem avança para as semifinais. Se vencer, o sérvio terá oportunidade de encarar um dos últimos nomes da chave e, possivelmente, garantir o título.

Enquanto isso, Sabalenka segue focada no seu próprio calendário. Ela deve terminar o WTA 1000 de Wuhan na próxima semana e depois se preparar para o Australian Open, onde a expectativa é de que a número um do mundo chegue como favorita.

Histórico de encontros entre as estrelas

Embora nunca tenham jogado um confronto oficial em quadra, Sabalenka e Djokovic já cruzaram caminhos em sessões de treino em Doha (2023) e em Bali (2024). Cada encontro trouxe relatos de trocas de bolas rápidas e de diálogos em inglês misturados com russo e bielorrusso. "Ele sempre me desafia a melhorar meu backhand, e eu, ao contrário, mostro a ele como usar mais a potência" – disse Sabalenka, lembrando de um treino no qual ambos terminaram exaustos, mas sorridentes.

  • Data do início do Shanghai Masters 2025: 7 de outubro de 2025
  • Possível 101.º título de carreira de Djokovic: em jogo
  • Confronto direto de Djokovic na sexta‑feira: contra Zizou Bergs
  • Próximo grande objetivo de Sabalenka: Australian Open

Perguntas Frequentes

Como a piada de Sabalenka pode influenciar a confiança de Djokovic?

A brincadeira serve como reforço positivo. Quando um colega de treino reconhece seu esforço, mesmo que em tom de humor, o atleta tende a se sentir mais seguro, o que pode refletir em melhor desempenho nos pontos decisivos.

Quem são os principais concorrentes eliminados que favorecem Djokovic?

Jannik Sinner, Alexander Zverev e Taylor Fritz foram derrotados nas fases iniciais, reduzindo a disputa de alto nível e deixando o caminho mais direto para o sérvio.

Qual é a importância do Shanghai Masters para a carreira de Djokovic?

Um título em Shanghai marcará a quinta vitória do tenista na cidade, solidificando ainda mais seu legado nos Masters 1000 e aproximando-o de recordes históricos de títulos de carreira.

O que Sabalenka tem a ganhar permanecendo no circuito asiático?

Participar do WTA 1000 de Wuhan permite que a número um acumule pontos valiosos para manter a liderança e se acostume ao fuso horário antes de encarar o Grand Slam em Melbourne.

Qual será o próximo grande desafio de Djokovic após Shanghai?

Depois de Shanghai, Djokovic mira o ATP Finals em Turim, onde os oito melhores do ano disputam o título final da temporada, além de se preparar para a temporada de 2026.

1 Comments

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    Workshop Factor

    outubro 12, 2025 AT 03:21

    É impressionante como a mídia prefere transformar uma simples piada de Sabalenka em um manifesto sobre a supremacia de Djokovic. Primeiro, é preciso lembrar que treinamentos são parte do cotidiano de qualquer atleta de elite, então a frase "Se ele ganhar, devo a mim" tem pouco de revelação. Segundo, a narrativa de que a belarusiana está se intrometendo no domínio masculino já começa a soar como uma tentativa de alimentar um drama desnecessário. Terceiro, há quem ignore que Djokovic tem mais de 100 títulos e ainda assim admite que um sparring pode agregar valor. Quarto, a análise superficial ignora a complexidade tática dos treinos, reduzindo tudo a um simples "coup de théâtre". Quinto, a própria Sabalenka tem um histórico de provocações que muitas vezes ultrapassam o campo esportivo. Sexto, é curioso notar que, apesar de toda a retórica, há poucos dados concretos que comprovem impacto real nos resultados. Sétimo, os especialistas citados normalmente têm suas próprias agendas, e não podemos assumir neutralidade. Oitavo, a cobertura midiática parece mais interessada em criar memes do que em analisar desempenho. Nono, o fato de alguns jogadores masculinos questionarem a relevância da piada sugere que há insensibilidade de gênero ainda presente. Décimo, ao transformar humor em polémica, perde‑se a oportunidade de celebrar a parceria entre duas potências do tênis. Décimo‑primeiro, a estratégia de usar o humor como ferramenta motivacional não é novidade, mas ainda assim gera discussões acaloradas. Décimo‑segundo, devemos reconhecer que a pressão psicológica pode ser tanto positiva quanto negativa, dependendo do indivíduo. Décimo‑terceiro, ao final, a frase de Sabalenka é apenas um lembrete de que o tênis é, antes de tudo, um jogo de confiança mútua. Décimo‑quarto, portanto, a questão que fica é: quantas vezes mais veremos jogadores usar o discurso humorístico para influenciar narrativas? Décimo‑quinto, e talvez mais importante, qual será o real impacto desse tipo de interação nas próximas temporadas?

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