Knicks impõem ritmo e deixam Pacers sem reação
No clima elétrico do Madison Square Garden, o New York Knicks não deixou o torcedor respirar. Desde o apito inicial na noite de 29 de maio, a pressão já era total: uma sequência inicial de 10-0 botou fogo na arena e deixou os jogadores do Indiana Pacers desnorteados. Era como se o time da casa tivesse uma urgência diferente: Jalen Brunson anotou 14 pontos só no primeiro quarto, comandando a arrancada que abriria caminho para o placar elástico.
Os Knicks construíram o jogo na base da força no garrafão. A diferença foi gritante nos pontos na área pintada: Nova York anotou 60, enquanto Indiana ficou só nos 34. Essa supremacia refletiu bem o que foi o jogo: presença física constante, muito rebote ofensivo e domínio nos dois lados da quadra. Karl-Anthony Towns foi o leão na defesa, intimidando e levando vantagem sobre quem ousava desafiar o garrafão de Nova York. Não é à toa que o time ainda conseguiu uma vantagem de 13 a 7 nos pontos de segunda chance, explorando cada erro do adversário.
O clima nas arquibancadas te fazia sentir que estava em uma decisão. Depois do susto da derrota no Jogo 4, os Knicks mostraram personalidade e tiraram qualquer esperança de reação dos Pacers já no terceiro período, quando a diferença no placar chegou a ser de 22 pontos.
Haliburton apagado e Pacers presos na defesa dos Knicks
O contraste entre as equipes estava claro: se no jogo anterior Tyrese Haliburton foi o nome da noite, com 32 pontos e 15 assistências, agora ele praticamente desapareceu. Sofrendo com a forte marcação, o armador terminou com apenas 8 pontos em 7 arremessos. O Pacers todo sofreu para criar, se perdendo no ritmo dos Knicks e sendo empurrado para longe de sua costumeira explosão ofensiva.
Bennedict Mathurin saiu do banco para ser o único a incomodar de verdade, marcando 23 pontos com boas infiltrações e chutes de média distância. Pascal Siakam, sempre voluntarioso, tentou manter o time vivo, mas parou nos 15 pontos. O técnico Rick Carlisle não poupou palavras após a partida: reclamou publicamente da falta de intensidade do elenco e apontou que o time “nunca liderou” no placar, sendo engolido no contato físico pela equipe de Nova York.
A derrota faz os Pacers deixarem escapar a primeira chance de fechar a série e voltar a uma final da NBA depois de 25 anos. Agora, a pressão se inverte: Indiana precisa reagir em casa no Jogo 6 para não permitir a virada. Já os Knicks entram com moral renovada, sabendo que podem forçar o jogo 7 se mantiverem o padrão de atuação.
Para quem acompanha a série, fica claro o quanto o aspecto mental tem pesado. A forma como cada time reage à pressão, ainda mais em jogos eliminatórios, faz toda a diferença. Está tudo em aberto — e as próximas horas vão ser de ansiedade tanto em Nova York quanto em Indianápolis.