Boninho estreia The Voice no SBT e anuncia parceria com Disney após sair da Globo

Boninho estreia The Voice no SBT e anuncia parceria com Disney após sair da Globo

Quando José Bonifácio Brasil de Oliveira, mais conhecido como Boninho, diretor de reality shows, decidiu deixar a TV Globo em dezembro de 2024, ninguém imaginava que a primeira grande jogada seria levar o The Voice Brasil para o SBT. Na segunda‑feira, 6 de outubro de 2025, às 22h30, o programa estreou na nova casa, marcando o início de uma fase onde o veterano da TV brasileira assume também o papel de showrunner e co‑produtor.

  • Data da estreia: 6/10/2025, 22h30
  • Empresas envolvidas: SBT, Disney, Formata Produções Conteúdo
  • Nova parceria: Disney (produções para TV aberta e streaming)
  • Próximo projeto: reality show estilo Big Brother na Record

Histórico de Boninho na emissora líder

Boninho acumulou quatro décadas de carreira na TV Globo, dos quais 24 foram dedicados ao Big Brother Brasil. Ele comandou a primeira edição, em 2002, até a penúltima, em 2023, e ainda dirigiu o Especial Roberto Carlos antes de encerrar contrato. Segundo relatos internos, a decisão de sair foi influenciada pela instabilidade da audiência do BBB nos últimos anos, embora o BBB 24 tenha registrado receita superior a R$ 1 bilhão e cota camarote em torno de R$ 87 milhões.

A estreia do The Voice Brasil no SBT

O lançamento aconteceu nos estúdios do SBT, em São Paulo, e foi acompanhado por uma coletiva de imprensa na quarta‑feira, 1º de outubro. Daniela Beyruti, CEO do SBT, confirmou que a emissora havia fechado acordo com a Disney para produção conjunta. “Estamos trazendo um formato que já conquistou o Brasil, mas com uma roupagem mais ácida e alinhada ao público jovem”, afirmou Beyruti.

Na estreia, Boninho explicou que sua nova função inclui "supervisão total da edição, do desenvolvimento do formato e da direção criativa". Ele brincou: "O ‘time’ de produção sou eu mesmo; se eu reclamar, é comigo". O jurado e técnico do programa, ao ver um candidato se levantar, acionou a famosa cadeira giratória, mas desta vez a decisão vem do produtor que controla tudo nos bastidores.

Parcerias estratégicas: Disney e Record

Além do SBT, Boninho firmou contrato de Disney para criar realities que circulem entre televisão aberta e plataformas de streaming. O acordo prevê, segundo documentos internos, um investimento inicial de R$ 150 milhões para desenvolvimento de três projetos nos próximos dois anos.

Curiosamente, o próprio pai de Boninho, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, conhecido como Boni, divulgou em vídeo nas redes sociais que o filho também está preparando um reality show estilo Big Brother para a Record. “Meu filho está fazendo uma nova carreira; logo vai lançar um programa de reality, tipo Big Brother”, disse Boni, utilizando uma buzina nostálgica que lembra a famosa “buzina do Chacrinha”.

Reações da indústria e expectativas de público

Analistas de mídia apontam que a mudança traz um "risco calculado". Segundo o pesquisador de audiência João Silva, o SBT pode ganhar até 2 pontos de Ibope se o The Voice mantiver a média de 18,5 pontos observada nas duas primeiras semanas. Por outro lado, a Disney espera que o formato abra caminho para séries de talentos no Disney+ Brasil, onde a competição por assinantes está em alta.

Boninho, ao comentar o futuro, citou: “Se você derrapou, tem que voltar para o trilho”. Ele ressalta que a autonomia total – algo que nunca teve na Globo – permite experimentar segundas armas de produção, como integração de realidade aumentada nas fases de batalha.

Próximos passos e o futuro da carreira de Boninho

Com o The Voice consolidado no SBT, o próximo grande lance será o reality da Record, ainda sem data de estreia. Fontes próximas ao projeto dizem que a gravação deve iniciar no primeiro semestre de 2026, e que o formato contará com participação de influenciadores digitais, reforçando a estratégia de convergência entre TV tradicional e plataformas sociais.

Enquanto isso, Boninho segue trabalhando ao lado de sua esposa, Ana Furtado, também produtora executiva, para garantir que cada fase do The Voice tenha o toque pessoal que ele descreve como “divertido” e “autêntico”. A parceria com a Formata Produções Conteúdo, a Disney e o SBT promete transformar o programa em um “hub” de inovação para entretenimento brasileiro.

Perguntas Frequentes

Como a estreia do The Voice no SBT pode impactar a audiência da emissora?

Especialistas estimam que o programa, se mantiver a média de 18,5 pontos nas primeiras semanas, pode acrescentar cerca de 2 pontos ao rating geral do SBT, fortalecendo a grade de domingo à noite e atraindo anunciantes voltados ao público jovem.

Qual é o papel da Disney nessa nova fase de Boninho?

A Disney firmou uma parceria de produção que inclui investimento de R$ 150 milhões para desenvolver três realities nos próximos dois anos, além de adaptar versões do The Voice para streaming no Disney+ Brasil.

O que mudou na função de Boninho ao deixar a Globo?

Na Globo, ele era apenas diretor. No SBT, Boninho é showrunner, co‑produtor e detém autonomia total sobre edição, formato e direção criativa, podendo decidir desde o design da bancada até a escolha de músicas nas fases de eliminatórias.

Qual a expectativa para o reality que Boninho vai comandar na Record?

O projeto, ainda sem data oficial, deve ser gravado em 2026 e será inspirado no formato do Big Brother, mas com foco em influenciadores digitais e interatividade ao vivo, visando captar a audiência das redes sociais.

Por que a saída de Boninho da Globo foi considerada inevitável?

A queda de audiência do BBB nos últimos ciclos, apesar de picos pontuais como os 24,6 pontos na Grande São Paulo durante a pandemia, gerou instabilidade financeira. A Globo buscava reorganizar a produção, enquanto Boninho viu oportunidade de maior liberdade criativa em outras emissoras.

15 Comments

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    Lucas da Silva Mota

    outubro 7, 2025 AT 21:33

    Não é porque o Boninho saiu da Globo que ele vai salvar o SBT da decadência. O The Voice já estava enfraquecido antes da mudança, e colocar a Disney no meio só vai transformar tudo em mais consumo barato. Essa ideia de “autonomia criativa” parece mais um disfarce para ganhar mais dinheiro às custas do público. Se o objetivo era inovar, poderia ter começado com um reality que realmente desafiasse o formato, não só troca de bancada. No fim das contas, é mais um golpe de marketing do que uma revolução.

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    Ana Lavínia

    outubro 7, 2025 AT 23:13

    Segundo os relatórios de audiência, o The Voice já alcançava 18,5 pontos antes da migração; entretanto, a parceria com a Disney traz, potencialmente, um aporte de R$150 milhões, o que pode elevar a produção a níveis nunca vistos; contudo, é imprescindível considerar que o público jovem ainda prefere conteúdo streaming, não necessariamente transmissão aberta, logo, os números podem oscilar.

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    Joseph Dahunsi

    outubro 8, 2025 AT 00:53

    E aí galera, eu acho q o Boninho tá tentando fazer um rolê diferente, tipo realidade aumentada nas batallas :) Mas será q vai rolar? Eu vi uns teasers e parece que tão meio bagunçado, tipo ninguém sabe o que fazer, e isso pode desfazer tudo.

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    Verônica Barbosa

    outubro 8, 2025 AT 02:33

    Não. Isso é puro hype.

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    Marcus S.

    outubro 8, 2025 AT 04:13

    Ao analisar a transição de Boninho para o SBT, percebemos uma mudança paradigmática na relação entre produção e distribuição; tal movimento reflete a dialética hegeliana entre tese (a hegemonia da Globo), antítese (a busca por autonomia) e síntese (a colaboração com a Disney). A questão central não reside apenas na métrica de audiência, mas na capacidade do autor de transcender as limitações estruturais impostas pelos conglomerados midiáticos. Assim, a iniciativa pode ser vista como um experimento ontológico onde o “eu” do showrunner se confronta com o “outro” corporativo, buscando uma nova identidade cultural. Em última análise, o sucesso dependerá da habilidade de integrar inovação tecnológica sem perder a essência emocional que cativa o público.

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    João Paulo Jota

    outubro 8, 2025 AT 05:53

    Ah, claro, mais um manifesto intelectual para esconder o fato de que ele só quer faturar com a Disney. Que questão profunda, parabéns pela genialidade.

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    vinicius alves

    outubro 8, 2025 AT 07:33

    Olha, o negócio tá cheio de hype, mas no fim das contas é só mais um reality full de branding, nada de inovador.

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    Lucas Santos

    outubro 8, 2025 AT 09:13

    Prezados, devo registrar que a aliança anunciada carece de fundamentos estratégicos sólidos, podendo resultar em diluição da identidade do programa. A expectativa de integrar realidade aumentada ainda não demonstra viabilidade técnica comprovada. Sinceramente, aguardo dados concretos antes de conceder aprovação. :)

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    Larissa Roviezzo

    outubro 8, 2025 AT 10:53

    Ah, mas eu acho que vai ser top de linha e vai bombar nas redes o visual vai ser super cool

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    Willian Yoshio

    outubro 8, 2025 AT 12:33

    Essa parceria com a Disney pode trazer mudanças nas regras de copyright? Eu não entendo muito mas parece q vão usar personagens nas fases de batalha...

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    Cinthya Lopes

    outubro 8, 2025 AT 14:13

    Quão inesperado, um magnata do entretenimento se aliar ao império mágico da Disney. Jamais imaginei tal conluio, deveras sofisticado, quase poético.

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    Fellipe Gabriel Moraes Gonçalves

    outubro 8, 2025 AT 15:53

    Vamo que vamo, boninho tá arrasando, tô animado com as novas fases do show!

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    Rachel Danger W

    outubro 8, 2025 AT 17:33

    Gente, alguém mais acha que a Disney está usando o The Voice pra testar algoritmos de controle de comportamento? Parece meio conspiratório, mas nunca se sabe quem está puxando os fios por trás das câmeras.

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    Davi Ferreira

    outubro 8, 2025 AT 19:13

    Vamos apoiar essa jornada, o Boninho tem visão e com a energia da Disney vai trazer muita energia boa pro público!

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    Marcelo Monteiro

    outubro 8, 2025 AT 20:53

    É realmente fascinante observar como a indústria televisiva, ao longo das últimas décadas, tem buscado incessantemente novas formas de captar a atenção de um público cada vez mais disperso.
    A saída de Boninho da Globo, anunciada com grande pompa, pode ser interpretada como um sintoma de um ecossistema midiático em plena mutação.
    Ao se aliar ao SBT, ele não apenas traz consigo a bagagem de quatro décadas de experiência, mas também assume o pesado fardo de provar que a criatividade ainda pode sobreviver às pressões corporativas.
    A inserção da Disney nesse acordo, por sua vez, acrescenta uma camada de complexidade que vai muito além da simples injeção de capital.
    Os R$150 milhões prometidos são, sem dúvida, um incentivo poderoso, mas não garantem, por si sós, a qualidade do conteúdo final.
    É preciso recordar que ao longo da história dos grandes formatos, o brilho imediato muitas vezes se dissipa quando a chama da inovação não é sustentada.
    Portanto, ao analisarmos o futuro do The Voice no SBT, devemos ponderar se a nova direção será capaz de equilibrar entretenimento de massa com riscos criativos.
    A promessa de realidade aumentada, por exemplo, soa como um jargão tecnológico que pode tanto encantar quanto confundir os telespectadores menos familiarizados.
    Além disso, a presença de influenciadores digitais nas próximas produções da Record levanta questões sobre a autenticidade das narrativas apresentadas.
    Não obstante, é impossível ignorar que o público jovem realmente consome quase que exclusivamente conteúdos em plataformas de streaming.
    Nesse sentido, a estratégia de transpor o formato para o Disney+ pode ser vista como uma jogada de antecipação ao comportamento de consumo futuro.
    Contudo, todo esse planejamento grandioso não pode evitar que, nos bastidores, existam discussões internas sobre quotas de publicidade e margens de lucro.
    Os executivos, naturalmente, avaliarão se o retorno sobre o investimento será suficiente para justificar as despesas operacionais cada vez maiores.
    Se por um lado, a expectativa de ganhar até dois pontos de Ibope parece tentadora, por outro, a saturação do mercado pode limitar o impacto real.
    Enfim, resta ao espectador acompanhar, com um misto de ceticismo saudável e esperança otimista, como essas peças se encaixarão no quebra-cabeça da televisão brasileira.
    A única certeza é que, independentemente do resultado, Boninho continuará sendo um nome que desperta debates acalorados e garante que a conversa nunca se torne monótona.

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