Banco do Brasil mostra força com lucro bilionário no terceiro trimestre
O Banco do Brasil não deixou dúvidas sobre sua solidez: a instituição anunciou um lucro líquido de R$9,5 bilhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 8,3% na comparação anual. Os números mostram que a estratégia do banco de buscar eficiência e rentabilidade nos vários segmentos de negócios está funcionando. E mais uma vez, os resultados ficaram acima do que o mercado esperava — o lucro por ação (LPA) atingiu R$1,67, ligeiramente acima da estimativa média dos analistas, que era de R$1,65. O BB ainda mantém uma sequência de quatro trimestres reportando resultados melhores do que o consenso, reforçando o momento positivo.
Mesmo em um ambiente ainda desafiador no setor financeiro, o banco exibiu crescimento constante em suas receitas. O faturamento do ano soma R$102,27 bilhões, quase 3% maior do que no mesmo período de 2023, quando havia registrado R$99,54 bilhões. Só em 2024, o lucro líquido acumulado já superou R$35 bilhões, mostrando uma expansão sólida de 4,79% nos doze meses. Parte dessa performance é resultado do foco do BB em ampliar a eficiência operacional e controlar custos, fatores que vêm sustentando a lucratividade apesar da maior concorrência no setor bancário e do cenário macroeconômico mais apertado.
Desdobramentos no mercado e estratégias de crescimento
O desempenho animou os investidores: após a divulgação dos resultados do trimestre anterior, as ações BBAS3 registraram valorização de mais de 4% em apenas quatro dias. O banco tem atraído atenção não só pelo crescimento do lucro, mas também pelo perfil de pagador de dividendos — o dividend yield atual está em 9,74%, um dos mais altos entre as grandes instituições financeiras do Brasil. Com valor de mercado estimado em R$167,81 bilhões e negociações com múltiplos baixos (P/L futuro em 4,23), o papel segue como uma alternativa atrativa no setor.
Mas o BB não aposta apenas nos grandes clientes. O banco reforçou seu compromisso com o público de microempreendedores e pessoas de baixa renda, usando a rede de correspondentes bancários para expandir a oferta de serviços. Essa estratégia busca manter o banco como protagonista em inclusão financeira e na liderança do setor, aproveitando oportunidades em segmentos que ainda têm muito espaço para crescer no país.
A consistência nos resultados mostra um BB resiliente, disposto a defender participação de mercado diante dos avanços de bancos digitais e fintechs. O desafio agora é sustentar essa trajetória, mantendo qualidade nos serviços, eficiência nas operações e rentabilidade para os acionistas — sem perder o olhar para a inclusão e a diversificação dos negócios.